PARIS (AP) - O Canadá apelou contra a perda de seis pontos pela FIFA em um escândalo de espionagem por drone no torneio de futebol feminino das Olimpíadas de Paris, e uma decisão é esperada horas antes da equipe jogar sua última partida da fase de grupos na quarta-feira.
A FIFA puniu o Canadá, campeão Olímpico em defesa, no sábado - e baniu a treinadora Bev Priestman e dois assistentes por um ano - por alegações de uso de drone para espionar os treinos do adversário Nova Zelândia.
A esperada ação legal pela federação de futebol canadense e pelo comitê olímpico foi formalmente registrada na segunda-feira pelo Tribunal de Arbitragem do Esporte em um caso de trâmite rápido.
O CAS disse que pretende realizar uma audiência de apelação na terça-feira, com seu painel de três juízes dando uma decisão até o meio-dia de quarta-feira. As suspensões dos treinadores não fazem parte deste caso.
O Canadá joga contra a Colômbia em Nice na quarta-feira à noite e precisa saber sua situação antes do início da partida.
A dedução pela FIFA anulou os pontos conquistados pelo Canadá ao vencer seus dois primeiros jogos contra Nova Zelândia e França. O Canadá surpreendeu a França com uma vitória por 2-1 no domingo, com uma virada no segundo tempo e um gol vencedor aos 12 minutos de acréscimo.
O Canadá ainda pode avançar para as quartas de final no torneio de 12 equipes mesmo com uma derrota no tribunal e uma vitória no campo na quarta-feira. Dois times terceiros colocados nos três grupos avançarão para a fase eliminatória.
Os oficiais canadenses disseram que nenhum jogador estava envolvido em qualquer suposta trapaça, que eles suspeitam ser um problema sistêmico potencialmente ao longo dos anos.
Priestman, que treinou a equipe desde 2020, pediu desculpas e disse estar 'absolutamente desolada pelos jogadores'.
A treinadora inglesa de 38 anos pode ainda apelar ao CAS contra sua suspensão pela FIFA como indivíduo.
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